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Liberdade, justiça e paz. O apelo do Papa repete-se todos os anos, uma vez no Natal, outra na Páscoa. Ontem, perante uma multidão de 100 mil fiéis, Bento XVI leu a tradicional mensagem pascal, na Praça São Pedro, no Vaticano. O Sumo Pontífice lembrou os recentes acontecimentos na Líbia, encorajando a troca das "armas pela diplomacia e pelo diálogo", e defendeu também o acesso da ajuda humanitária "aos que sofrem as consequências da luta".

No final da missa, realizada ao fim da manhã de ontem, Bento XVI leu a tradicional mensagem pascal, exprimindo o desejo de uma boa Páscoa em 65 idiomas - entre os quais chinês, árabe, hebraico, etiópico-eritreu e japonês - e terminou com a bênção urbi et orbi. Trata-se da celebração mais importante do calendário litúrgico cristão, por ser a primeira depois da ressurreição de Cristo, decorrida entre o pôr do Sol de sábado santo e o amanhecer de domingo de Páscoa.

Na sua intervenção, o Papa deixou ainda um apelo à Europa, para não deixar de acolher os imigrantes que tentam escapar ao conflito no Norte de África. "Que as pessoas de boa vontade abram os seus corações e os recebam, para que as necessidades prementes de tantos irmãos e irmãs tenham resposta, num espírito de solidariedade", disse o Papa, evocando a alegria do espírito pascal como contraste para o "choro de tantas situações dolorosas, das privações, fome, doenças, guerra e violência". Referindo-se aos conflitos armados, o Papa quis ainda deixar uma mensagem aos líderes da Costa do Marfim para que renunciem à violência e procurem a paz, sublinhando que o país "precisa urgentemente de trabalhar no caminho da reconciliação e do perdão".

Bento XVI não deixou também de dirigir uma palavra às vítimas do terramoto que afectou o Japão no início do mês passado, depois de ter decidido enviar para aquele país as ofertas doadas pelos fiéis na missa de quinta-feira santa. Tal como o tinha feito dias antes, num programa de televisão em que respondeu à questão de Helena - uma criança japonesa de sete anos, que diz que já não pode brincar no parque e perguntava ao Papa, "que fala com Deus", por que razão as crianças têm de sentir "tanta tristeza" - o Papa desejou que as vítimas possam "encontrar consolação e esperança".

 

Crise e fé Também o cardeal patriarca se dirigiu ontem ao povo português para deixar palavras de esperança numa altura em que se vive "um momento muito duro". Aludindo à crise económica que afecta o país, D. José Policarpo apelou à fé como forma de superar as dificuldades. "Se acreditarmos que Cristo está vivo, teremos forças para tudo superar, as dificuldades não nos impedem de desejar, e o Espírito Santo dar-nos-á força para lutar e a coragem para esperar", disse.

Dom José Policarpo lembrou ainda a importância da solidariedade nos momentos mais difíceis. "O amor dos irmãos, que é a caridade, tem de ser o grande testemunho de que vivemos com o Senhor vivo", referiu.

As palavras do cardeal patriarca foram partilhadas pelo bispo do Porto, D. Manuel Clemente, que defendeu a necessidade de uma maior evangelização e do espírito de entreajuda, "fazendo o bem" e "dando o lugar ao outro", tal como reflectem os ensinamentos da doutrina cristã. "Na comunidade cristã e ainda fora dela, na família, na escola e no trabalho, seja onde for e quando for, a evangelização só pascalmente acontece. Haverá evangelho onde houver vida oferecida, desapossamento de si, para dar lugar ao outro", afirmou durante a homilia da Missa Estacional da Páscoa do Senhor, na Catedral do Porto.

D. Manuel Clemente destacou a importância da mensagem que resulta dos evangelhos, cuja "narrativa de Jesus", "nunca por demais praticada", seria suficiente para demonstrar cada uma das bem-aventuranças, com o anúncio e a justiça que transportam, tão diversas dos cálculos mundanos". "A justiça de Deus é a vitória da vida, como Jesus a conseguiu e a todos oferece. Tudo o mais ruirá, como ruiu na altura da morte e ressurreição de Jesus em incontáveis escombros de justiça e mentira", concluiu o bispo.

Vergonha de falar Mais a norte, em Braga, cidade onde a época pascal assume particular importância, o arcebispo primaz exortou ao fim da "inércia" e à perda da "vergonha de falar". Perante uma assembleia maior do que os bancos da Sé de Braga eram capazes de suportar, Jorge Ortiga começou a homilia de domingo de Páscoa citando o Papa Bento XVI, aquando da sua visita a Portugal. "O mal da Igreja não está fora da Igreja, mas está dentro. Os inimigos da Igreja também não estão fora, mas estão dentro", disse o bispo de Braga, relembrando o que fora dito pelo Sumo Pontífice.

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