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No que alguns chamam de espiritualidade do púlpito, em alinhamento com a espiritualidade do claustro e com a espiritualidade da missão há propostas e posturas das quais o pregador não deve se afastar sob pena de perder conteúdo, autoridade e credibilidade.
Ele deve se estabelecer um “até aqui” ou um “daqui não passo” por mais interessante, vantajoso e missionário que seja prosseguir. Para a formiga também há um limite de tamanho. Cortará o pedaço que pode levar. Além disso ela cairá pelo caminho. Fazem os mesmo os João de Barro, as andorinhas, o castor, e os animais que constroem para o futuro da comunidade. Nenhum deles passa do limite.
Ultrapassado o limite o pregador que sabe ser enviado pela comunidade à qual se filiou exporá aos superiores as suas razões e decidirá com eles se vai embora, para ou continua.
Há três limites dos quais um pregador não deve abrir mão. O da sua dignidade pessoal, o da sua capacidade de prosseguir ou ampliar o que faz e o do conteúdo. Se sentir que foi desrespeitado gravemente na sua missão e após opinião dos superiores; se sentir que não tem mais saúde ou que exigem dele mais do que pode dar naquele veículo; se interferirem no conteúdo de sua pregação aprovada pelas autoridades de sua igreja ele deve evita conflito e ir embora, comunicar a fé em outro veículo e em outro lugar, mesmo que a partir de sua decisão perca 90 ou 95% de sua assembleia.
As duas vezes em que tomei a decisão de mudar de veículo de comunicação fui questionado por amigos que diziam que eu não poderia perder aquele espaço. Deveria ceder. Mas consultara meus colegas e eles concordaram que meu limite fora ultrapassado. Decidiram comigo. São opções minhas que não devem nunca expor os outros. Se alguém pensa diferente e o veículo de comunicação, ou seja, o púlpito está aos seus cuidados, quem deve se retirar é pregador. Sei de muitos que assim fizeram, deixando o lugar para outros. A Igreja sempre tem outros pregadores que talvez façam melhor do que ele. E , mesmo que não façam, aceitam a visão dos que conduzem aquele púlpito. Há muitos púlpitos na nossa igreja e, se acontecer de um pregador que ontem falava para milhões de ouvidos sair por razões de espiritualidade, ficar reduzido a 2% da audiência que tinha, considere isso uma das dores do seu púlpito.
Ao sair não deve dizer ao grande público porque desceu daquele espaço. Coloque-se nas mãos de Deus que se o quiser com alguma preeminência o colocará num outro púlpito.
Ninguém deve cavar seu espaço e seu púlpito. Aceite o convite. Se não for convidado fique no seu pequeno púlpito de onde saiu a convite. Haverá sempre alguma assembleia onde sua pregação será útil à igreja. Nunca se governe por sucesso, impacto ou números. Isto, para que seja unção e graça, depende de Deus.
Padre Zezinho scj
José Fernandes de Oliveira
Sacerdote católico, educador e pregador.

O Papa Francisco no retorno do Rio de Janeiro a Roma, revelou aos jornalistas que ainda não havia sido decidida a data em que se celebraria a cerimônia de canonização de seus antecessores João Paulo II e João XXIII, mas adiantou que poderia ser na Solenidade de Cristo Rei, que se celebra em novembro, ou no dia 27 de abril de 2014, Domingo da Misericórdia.
Em setembro deste ano anunciou oficialmente o dia 27 de abril. Hoje são mais de cinco milhões de peregrinos na cidade eterna para acompanhar essa cerimônia de canonização, cujo grito se ouviu naquele dia do sepultamento de João Paulo II: “Santo já”!
Ao ser consultado sobre o modelo de santidade que para ele representam os dois Pontífices, o Papa Francisco assegurou que João Paulo II “foi um grande visionário da Igreja. Um homem que levou o Evangelho a todos. É um São Paulo. Um grande. Fazer a cerimônia de canonização junta é uma mensagem à Igreja: estes dois são bons”.
Sobre o Papa João XXIII, chamado o Papa Bom, Francisco considerou que “João XXIII é um pouco a figura do padre do povo. O padre que ama cada um de seus fiéis e sabe cuidar de seus fiéis. E isto o fez como arcebispo, como núncio. É um padre do povo e com um senso de humor muito grande e uma grande santidade”. O Papa recordou que quando Dom Angelo Giusseppe Roncalli - logo João XXIII - era núncio, “alguns não gostavam muito dele no Vaticano e quando chegava para levar coisas ou pedir alguma coisa nos escritórios, faziam-no esperar. Nunca se queixava. Rezava o terço, lia o breviário. Era um homem humilde. E também alguém que se preocupava com os pobres”.
Além disso, relatou que “uma vez, o cardeal Casaroli voltou de uma missão, acho que na Turquia ou na antiga Checoslováquia e foi vê-lo para informar-lhe da missão, naqueles tempos da diplomacia de pequenos passos. Quando Casaroli foi embora, parou-o e lhe disse: excelência, uma pergunta: você continua indo visitar aqueles jovens presos na prisão de menores de Casal del Marmo? O cardeal lhe disse que sim e João XXIII lhe pediu: não os abandone nunca”.
João XXIII e João Paulo II são hoje para a humanidade dois grandes luminares, sinais da infinita misericórdia. Por isso que o Papa Francisco escolheu esse domingo, pois o próprio Papa João Paulo II foi o criador desse dia dedicado a recordar que Deus é Divina e permanente Misericórdia. Como afirmava Santa Faustina Kovalska: “A humanidade não encontrará a paz enquanto não se voltar com confiança, para a Misericórdia Divina”. Obrigado Senhor, por nos dar hoje esses dois exemplos de apóstolos santos, que nos animam também a sermos santos, com os pés no chão e o olhar na eternidade. São João Paulo II e São João XXIII, rogai a Deus por nós!
Dom Anuar Battisti
Arcebispo de Maringá (PR)

No dia 8 de julho, o Papa Francisco visitou a ilha de Lampedusa, no sul da Itália. Foi a sua primeira saída de Roma, e a fez a um dos locais mais dramáticos, pelas centenas de migrantes que, todos os anos, em busca de melhores condições na Europa, deixam a África em barcaças superlotadas e acabam perecendo nas águas do Mediterrâneo. Diante de 20.000 pessoas, ele rezou a missa com paramentos roxos, em sinal de penitência. Sua homilia ganhou repercussão internacional. Transcrevo algumas de suas passagens que, pela força da denúncia, falam por si mesmas.
«Adão, onde estás?» (Gn 3,9) é a primeira pergunta que Deus faz ao homem depois do pecado. Adão está desorientado, perdeu o seu lugar na criação, porque pensou que ia se tornar poderoso, tudo dominar, ser Deus. O homem peca e a harmonia se quebra. O “outro” não é mais um irmão para amar, mas simplesmente alguém que perturba o meu bem-estar e
me faz sofrer. Mais tarde, Deus dirige ao homem uma segunda pergunta: «Caim, onde está o teu irmão Abel?» (Gn 4,9). O sonho de ser poderoso, ser grande como Deus, ou melhor, ser Deus, termina numa sucessão de erros que levam à morte, a derramar o sangue do irmão. Estas duas perguntas ressoam também hoje, com toda a força. Muitos de nós – e, neste
número, me incluo também eu – estamos desorientados e desatentos ante o mundo que nos cerca. Não guardamos o que Deus criou para todos, não nos cuidamos uns dos outros. E quando esta desorientação atinge as dimensões do mundo, chega-se a tragédias como as que aqui ocorrem.
«Onde está teu irmão?» não é uma pergunta para outrem; ela é feita a mim, a você, a cada um de nós! Estes nossos irmãos e irmãs africanos queriam sair de situações difíceis e conseguir um pouco de serenidade e de paz; procuravam um lugar melhor para si e para suas famílias, mas se depararam com a morte. Quantas outras pessoas, com aspirações semelhantes, não encontram a compreensão, a acolhida e a solidariedade que esperam! «A voz do seu sangue clama até mim» (Gn 4,10). Quem é responsável por esse sangue? Na literatura espanhola, há uma comédia de Félix Lopes de Vega. Ela refere que os habitantes da cidade de Fuente Ovejuna matam o governador, mas o fazem de modo que não se saiba quem o executou. Quando o juiz lhes pergunta: «Quem matou o governador?», eles respondem em coro: «Fuente Ovejuna, senhor!». Ou seja, todos e ninguém...
A mesma pergunta ressoa ainda hoje: «Quem é responsável pelo sangue destes irmãos e irmãs?» Somos todos tentados a responder: «Ninguém! Eu não tenho nada a ver com isso! São os outros!». Deus, porém, continua em sua pergunta: «Onde está o sangue do teu irmão?». Perdemos o sentido da responsabilidade fraterna. Caímos na atitude hipócrita do sacerdote e do levita de que fala Jesus na parábola do Bom Samaritano: ao vermos o irmão semimorto à beira da estrada, talvez digamos: “Coitadinho!”, e continuamos o caminho. Não é culpa nem obrigação nossa! Ficamos tranquilos, com a consciência em paz. Mas, se a culpa não é de ninguém, é porque é de todos!
A cultura do bem-estar nos leva a pensar somente em nós. Ela nos faz insensíveis aos gritos dos irmãos e a viver como bolas de sabão: bonitas, mas pura ilusão e futilidade. A cultura do bem-estar nos torna indiferentes. No mundo da globalização, caímos na globalização da indiferença! Habituamo-nos ao sofrimento dos outros: ele não nos diz respeito, não nos interessa, não é responsabilidade nossa!
«Adão, onde estás?» e «Onde está o teu irmão?» são as perguntas que Deus coloca no início da história da humanidade e continua dirigindo a todos os homens do nosso tempo, a começar de nós mesmos. Mas eu queria que nos propuséssemos uma terceira pergunta: quem de nós chora por essa situação e por outras semelhantes? Quem chora pela morte de tantos irmãos e irmãs? Somos uma sociedade que esqueceu a experiência de se comover. A globalização da indiferença nos tirou a capacidade de chorar! Que Deus nos conceda a graça de chorar pela nossa indiferença, pela crueldade que há no mundo e por aqueles que, com suas decisões em nível mundial, criam situações que geram esses dramas!
Dom Redovino Rizzardo
Bispo de Dourados (MS)

Preparemos a Quaresma

Estamos nos aproximando de um tempo muito importante para nossa vida cristã: tempo de conversão e de retorno à vida batismal: tempo da Quaresma, com sua espiritualidade e suas práticas ascéticas e místicas.
Para nós no Brasil temos a Campanha da Fraternidade que neste ano nos chama a ver os pecados de nossa sociedade com relação ao tráfico humano. Sobre esse assunto já escrevi e tivemos em nossa arquidiocese a preparação para o lançamento da mesma na quarta-feira de cinzas.
O Papa Francisco também já nos orienta mundialmente sobre o que ele deseja da Igreja Católica neste ano: "Fez-Se pobre para nos enriquecer com a sua pobreza" (cf. 2 Cor 8, 9). Esse mesmo teor ele nos indica para a reflexão e prática como tema da Jornada Mundial da Juventude que ocorre em nível diocesano no domingo de Ramos: "Felizes os pobres em espírito, porque deles é o reino do céu" (Mt 5, 3). E com essa proposta, já indica os próximos temas dos anos seguintes, dentro do "sermão da montanha".
O nosso convite é para que neste tempo vivamos intensamente a vida de silêncio, conversão - preparando-nos para celebrar festivamente a Páscoa da ressurreição.
A palavra "Quaresma" vem do latim "quadragésima", isto é, "quarenta", e está ligada a acontecimentos bíblicos, que dizem respeito à história da salvação: jejum de Moisés no Monte Sinai, caminhada de Elias para o Monte Horeb, caminhada do povo de Israel pelo deserto, jejum de Cristo no deserto. Como outrora, o povo de Deus caminhou 40 anos no deserto, rumo à terra prometida (terra de Canaã), e Jesus se retirou 40 dias no deserto, preparando sua paixão, morte e ressurreição, assim, os cristãos, hoje, acompanham os passos do divino salvador, preparando devotamente a santa Páscoa.
A Quaresma é um tempo de preparação penitencial para a Páscoa, e tem dois momentos distintos: o primeiro vai da quarta-feira de cinzas até o domingo da Paixão e de Ramos, e o segundo, como preparação imediata, vai do domingo de Ramos até à tarde de quinta-feira santa, quando se encerra então o tempo quaresmal. Aí começamos a celebrar o solene tríduo pascal.
O tempo da Quaresma é tempo privilegiado na vida da Igreja. É o chamado tempo forte, de conversão e de mudança de vida. Sua palavra-chave é: "metanóia", ou seja, conversão. Nesse tempo se registram os grandes exercícios quaresmais: a prática da caridade e as obras de misericórdia. O jejum, a esmola e a oração são exercícios bíblicos até hoje recomendáveis na imitação da espiritualidade judaica. No Brasil, como dissemos, realiza-se a Campanha da Fraternidade, com sua proposta concreta de ajuda aos irmãos (temos a coleta da solidariedade), focalizando sempre um tema da vida social.
Seis são os domingos da Quaresma, sendo o sexto já o domingo de Ramos. A Quaresma tem o seu domingo da alegria: o 4º domingo, chamado "Laetare".
A espiritualidade quaresmal é caracterizada pela:
Escuta da Palavra de Deus: a Palavra de Deus é a luz que ilumina nossos passos, chama à conversão e reanima nossa confiança na misericórdia e bondade de Deus. Vamos ouvir o que Deus quer nos dizer nesta Quaresma através de sua Palavra!
Oração: na Quaresma devemos intensificar a vida de oração pessoal e comunitária. Lembramos as reuniões da CF e da via-sacra em família ou nas comunidades como momento forte de oração comunitária. Pela oração entramos em sintonia e intimidade com Deus e discernimos sua vontade.
Caridade: na Quaresma somos chamados ao exercício da caridade fraterna e solidariedade com os irmãos. Caridade que se expressa, sobretudo, através da esmola. A esmola é um exercício de libertação do egoísmo. A partilha dos bens materiais é um gesto de caridade cristã que enobrece a alma humana. Lembramos que neste ano a arquidiocese vive o "ano da caridade", e este gesto deveria ser ainda mais intensificado. Porém, dar esmola não é apenas dar dinheiro, roupas e alimentos... É fazer-se doação e entrega aos irmãos no serviço de construção da fraternidade que é expressão do evangelho. O Papa Francisco nos recorda de comprometer-se com o outro, "olhar o outro" com quem estou partilhando. A Igreja no Brasil promove neste período a Campanha da Fraternidade, que é um grande chamamento e mobilização em favor de uma sociedade fraterna, justa e solidária. Neste ano temos como tema: Fraternidade e Tráfico Humano e o lema: É para a liberdade que Cristo nos libertou (Gl 5, 1).
A Campanha da Fraternidade, desde 1964, tem como objetivo unir os cristãos de todo país e pessoas de boa vontade num grande mutirão pela fraternidade e solidariedade entre as pessoas. Reflexões em comunidades, gestos concretos, aprofundar o tema, viver a conversão e profetizar em nosso tempo: eis passos importantes para a CF.
Jejum: o jejum e a abstinência de carne são gestos exteriores que expressam nosso esforço de conversão e mudança interior. Porquanto, a Quaresma é tempo de retomar o caminho do Evangelho, de renovação espiritual, de morte ao pecado e de cultivo da vida nova ou vida da graça.
Assim sendo, preparemos com entusiasmo Cristão a nossa santa Páscoa através da oração, do jejum e da caridade! Quarta-feira de cinzas e sexta-feira santa são dias especiais para manifestarmos esse gesto, além de todos os demais dias de Quaresma, em especial, às sextas-feiras.
Confissão: o gesto da celebração penitencial quando reconhecemos nossos pecados e experimentamos a misericórdia de Deus deve ser outro gesto que não pode faltar neste tempo. Para isso as paróquias fazem mutirões de confissões, quando os padres de uma mesma região se unem para atender as pessoas de uma paróquia, dando assim oportunidade de todos se confessarem.
A mística deste tempo tem uma riqueza imensa. O Papa Francisco nos ajuda neste ano com o tema: "Fez-se pobre, para nos enriquecer com a sua pobreza" (cf. 2 Cor 8, 9).
Ele nos pergunta em que consiste em ser pobre? "Em que consiste então esta pobreza com a qual Jesus nos liberta e torna ricos? É precisamente o seu modo de nos amar, o seu aproximar-Se de nós como fez o Bom Samaritano com o homem abandonado meio morto na beira da estrada (cf. Lc 10, 25-37). Aquilo que nos dá verdadeira liberdade, verdadeira salvação e verdadeira felicidade é o seu amor de compaixão, de ternura e de partilha. A pobreza de Cristo, que nos enriquece, é Ele fazer-Se carne, tomar sobre Si as nossas fraquezas, os nossos pecados, comunicando-nos a misericórdia infinita de Deus. A pobreza de Cristo é a maior riqueza: Jesus é rico de confiança ilimitada em Deus Pai, confiando-Se a Ele em todo o momento, procurando sempre e apenas a sua vontade e a sua glória. É rico como o é uma criança que se sente amada e ama os seus pais, não duvidando um momento sequer do seu amor e da sua ternura. A riqueza de Jesus é Ele ser o Filho: a sua relação única com o Pai é a prerrogativa soberana deste Messias pobre. Quando Jesus nos convida a tomar sobre nós o seu 'jugo suave' (cf. Mt 11, 30), convida-nos a enriquecer-nos com esta sua 'rica pobreza' e 'pobre riqueza', a partilhar com Ele o seu Espírito filial e fraterno, a tornar-nos filhos no Filho, irmãos no Irmão Primogênito (cf. Rm 8, 29)".
O Papa Francisco nos convida a viver e a testemunhar a pobreza: "Poderíamos pensar que este 'caminho' da pobreza fora o de Jesus, mas não o nosso: nós, que viemos depois d'Ele, podemos salvar o mundo com meios humanos adequados. Isto não é verdade. Em cada época e lugar, Deus continua a salvar os homens e o mundo por meio da pobreza de Cristo, que Se faz pobre nos sacramentos, na Palavra e na sua Igreja, que é um povo de pobres. A riqueza de Deus não pode passar através da nossa riqueza, mas sempre e apenas através da nossa pobreza, pessoal e comunitária, animada pelo Espírito de Cristo".
O Evangelho é o verdadeiro antídoto contra a miséria espiritual: o cristão é chamado a levar a todo o ambiente o anúncio libertador de que existe o perdão do mal cometido, de que Deus é maior que o nosso pecado e nos ama gratuitamente e sempre, e de que estamos feitos para a comunhão e a vida eterna.
São muitas riquezas a serem aprofundadas neste tempo que se aproxima. Desde já vamos nos preparando! Um grande acontecimento tem que ser bem preparado. É este o sentido que queremos viver desde já!
Que nesta Quaresma que se aproxima possamos fazer experiência da misericórdia, tornarmo-nos misericordiosos e agentes de misericórdia com um coração e vida de pobre, comprometendo-nos com a libertação das pessoas subjugadas por tantas situações de tráfico humano. Eis que se aproxima a oportunidade de vivermos o "tempo de conversão".
Dom Orani João Tempesta
Cardeal Arcebispo do Rio de Janeiro.

JORNADA MUNDIAL DA JUVENTUDE

“Jovens, vós sois a juventude das nações e da sociedade, sois também a juventude da Igreja.” (Papa João Paulo II- 31 de março de 1985)
O tema juventude sempre foi importante na vida da Igreja e da sociedade. O atual Bispo emérito de Roma Bento XVI,  escolheu a cidade do Rio de Janeiro como sede para a realização da Jornada Mundial da Juventude que traz à tona, de modo especial, a reflexão sobre a riqueza da juventude. A Igreja sabe da importância do jovem enquanto pessoa humana e que dele depende o mundo de amanhã.
No relacionamento mútuo Igreja e juventude deparamo-nos entre outros aspectos com o seguinte quadro, onde a Igreja vê na juventude a constante renovação da vida da humanidade e descobre nela um sinal de si mesma, isto é: sinal e fermento de vida e esperança para o mundo. Nesta perspectiva a Igreja convida os jovens a aceitarem a mensagem de vida de Cristo e assim a ajudá-la a vencer as formas espirituais de morte, representada “pelos filósofos do egoísmo, do prazer, do desespero e do nada”. (Mensagem do Concílio Vat. II aos jovens).
De outro lado a juventude é uma inspiração de vida para a Igreja, chamada a uma perene renovação de si mesma, ou seja a uma constante rejuvenescer. O Papa João Paulo II, de saudosa memória, falando aos jovens no dia 31 de março de 1985 assim se exprimiu:”Se o homem é a via fundamental da Igreja, então se compreende bem porque a Igreja atribui uma importância especial à fase da juventude como etapa chave da vida de cada pessoa. Vós jovens, encarnais esta juventude; vós sois a juventude das nações e da sociedade, a juventude de cada família e de toda a humanidade; vós sois também a juventude da Igreja”.
Na prática, os jovens consideram a Igreja de diversas maneiras: uns a amam espontaneamente como ela é, sacramento de Cristo, e por ela se entusiasmam; outros a questionam para que seja mais autêntica; e não faltam os que procuram um Cristo vivo separado do seu corpo que é a Igreja. Infelizmente há uma massa indiferente, passivamente acomodada à civilização do consumo e desinteressada da exigência evangélica.
A sociedade brasileira vive um momento impar com as passeatas a favor de um Brasil de paz, de oportunidades para todos, de descontentamento dos desvios de verbas públicas e melhorias da saúde. É uma nova luz no horizonte da caminhada do povo brasileiro. Nossa alegria é grande ao deslumbrar a participação e a reivindicação de um expressivo numero de jovens. Para o futuro da sociedade e da Igreja é primordial a capacidade de escutar o que acontece no mundo juvenil, de respeitar a sua sensibilidade própria, pois os jovens vivem o momento presente e assim é capaz de poder contribuir para encontrar novas soluções práticas aos problemas solução de pressentir novos rumos. Trata-se de apreender dos jovens e deixar-se evangelizar por eles.
Neste contexto da realidade juvenil e eclesial somos chamados a dar , como Diocese, a nossa contribuição, fazendo do trabalho com os jovens uma prioridade. Somos convidados abraçar com entusiasmo a Semana Missionária em nossas paróquias que acontecerá de 16 a 20 de julho de 2013 e a nossa presença e sintonia junto aos nossos jovens peregrinos da Jornada Mundial da Juventude que ocorrerá nos dias 22 a 28 de julho deste ano na cidade do Rio de Janeiro. São mais de 160 jovens que participarão da JMJ.
Estamos a menos de um mês do inicio da JMJ. Os símbolos da jornada, a Cruz Peregrina e o Ícone de Nossa Senhora já estão na sede do Encontro a espera dos jovens do Brasil e do mundo, e principalmente a expectativa da chegada do nosso Papa Francisco.

Dom Getúlio Teixeira Guimarães, SVD
Bispo de Cornélio Procópio-PR

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