Mensagem de Bento XVI para o Dia Mundial da Paz
- Detalhes
- Publicado em Sexta, 16 Dezembro 2011 18:42
�
EDUCAR OS JOVENS PARA A JUSTI�A E A PAZ
1. IN�CIO DE UM NOVO ANO, dom de Deus � humanidade, induz-me a desejar a todos, com grande confi an�a e estima, de modo especial que este tempo, que se abre diante de n�s, fi que marcado concretamente pela justi�a e a paz. Com qual atitude devemos olhar para o novo ano? No salmo 130, encontramos uma imagem muito bela. O salmista diz que o homem de f� aguarda pelo Senhor � mais do que a sentinela pela aurora �(v. 6), aguarda por Ele com firme esperan�a, porque sabe que trar� luz, miseric�rdia, salva��o. Esta expectativa nasce da experi�ncia do povo eleito, que reconhece ter sido educado por Deus a olhar o mundo na sua verdade sem se deixar abater pelas tribula��es. Convido-vos a olhar o ano de 2012 com esta atitude confiante. � verdade que, no ano que termina, cresceu o sentido de frustra��o por causa da crise que aflige a sociedade, o mundo do trabalho e a economia; uma crise cujas ra�zes s�o primariamente culturais e antropol�gicas. Quase parece que um manto de escurid�o teria descido sobre o nosso tempo, impedindo de ver com clareza a luz do dia. Mas, nesta escurid�o, o cora��o do homem n�o cessa de aguardar pela aurora de que fala o salmista. Esta expectativa mostra-se particularmente viva e vis�vel nos jovens; e � por isso que o meu pensamento se volta para eles, considerando o contributo que podem e devem oferecer � sociedade. Queria, pois, revestir a Mensagem para o XLV Dia Mundial da Paz duma perspectiva educativa: � Educar os jovens para a justi�a e a paz �, convencido de que eles podem, com o seu entusiasmo e idealismo, oferecer uma nova esperan�a ao mundo. A minha Mensagem dirige-se tamb�m aos pais, �s fam�lias, a todas as componentes educativas, formadoras, bem como aos respons�veis nos diversos �mbitos da vida religiosa, social, pol�tica, econ�mica, cultural e medi�tica. Prestar aten��o ao mundo juvenil, saber escut�-lo e valoriz�-lo para a constru��o dum futuro de justi�a e de paz n�o � s� uma oportunidade mas um dever prim�rio de toda a sociedade. Trata-se de comunicar aos jovens o apre�o pelo valor positivo da vida, suscitando neles o desejo de consum�-la ao servi�o do Bem. Esta � uma tarefa, na qual todos n�s estamos, pessoalmente, comprometidos. As preocupa��es manifestadas por muitos jovens nestes �ltimos tempos, em v�rias regi�es do mundo, exprimem o desejo de poder olhar para o futuro com fundada esperan�a. Na hora atual, muitos s�o os aspectos que os trazem apreensivos: o desejo de receber uma forma��o que os prepare de maneira mais profunda para enfrentar a realidade, a dificuldade de formar uma fam�lia e encontrar um emprego est�vel, a capacidade efectiva de intervir no mundo da pol�tica, da cultura e da economia contribuindo para a constru��o duma sociedade de rosto mais humano e solid�rio. � importante que estes fermentos e o idealismo que encerram encontrem a devida aten��o em todas as componentes da sociedade. A Igreja olha para os jovens com esperan�a, tem confian�a neles e encoraja-os a procurarem a verdade, a defenderem o bem comum, a possu�rem perspectivas abertas sobre o mundo e olhos capazes de ver � coisas novas � (Is 42, 9; 48, 6).
Os respons�veis da educa��o 2. A educa��o � a aventura mais fascinante e dif�cil da vida. Educar � na sua etimologia latina educere� significa conduzir para fora de si mesmo ao encontro da realidade, rumo a uma plenitude que faz crescer a pessoa. Este processo alimenta-se do encontro de duas liberdades: a do adulto e a do jovem. Isto exige a responsabilidade do disc�pulo, que deve estar dispon�vel para se deixar guiar no conhecimento da realidade, e a do educador, que deve estar disposto a dar-se a si mesmo. Mas, para isso, n�o bastam meros dispensadores de regras e informa��es; s�o necess�rias testemunhas aut�nticas, ou seja, testemunhas que saibam ver mais longe do que os outros, porque a sua vida abra�a espa�os mais amplos. A testemunha � algu�m que vive, primeiro, o caminho que prop�e.
E quais s�o os lugares onde amadurece uma verdadeira educa��o para a paz e a justi�a? Antes de mais nada, a fam�lia, j� que os pais s�o os primeiros educadores. A fam�lia � c�lula origin�ria da sociedade. � � na fam�lia que os filhos aprendem os valores humanos e crist�os que permitem uma conviv�ncia construtiva e pac�fica. � na fam�lia que aprendem a solidariedade entre as gera��es, o respeito pelas regras, o perd�o e o acolhimento do outro �. Esta � a primeira escola, onde se educa para a justi�a e a paz. Vivemos num mundo em que a fam�lia e at� a pr�pria vida se v�em constantemente amea�adas e, n�o raro, destro�adas. Condi��es de trabalho frequentemente pouco compat�veis com as responsabilidades familiares, preocupa��es com o futuro, ritmos fren�ticos de vida, emigra��o � procura dum adequado sustentamento se n�o mesmo da pura sobreviv�ncia, acabam por tornar dif�cil a possibilidade de assegurar aos filhos um dos bens mais preciosos: a presen�a dos pais; uma presen�a, que permita compartilhar de forma cada vez mais profunda o caminho para se poder transmitir a experi�ncia e as certezas adquiridas com os anos � o que s� se torna vi�vel com o tempo passado juntos. Queria aqui dizer aos pais para n�o desanimarem! Com o exemplo da sua vida, induzam os filhos a colocar a esperan�a antes de tudo em Deus, o �nico de quem surgem justi�a e paz aut�nticas.
Quero dirigir-me tamb�m aos respons�veis das institui��es com tarefas educativas: Velem, com grande sentido de responsabilidade, por que seja respeitada e valorizada em todas as circunst�ncias a dignidade de cada pessoa. Tenham a peito que cada jovem possa descobrir a sua pr�pria voca��o, acompanhando-o para fazer frutificar os dons que o Senhor lhe concedeu. Assegurem �s fam�lias que os seus filhos n�o ter�o um caminho formativo em contraste com a sua consci�ncia e os seus princ�pios religiosos. Possa cada ambiente educativo ser lugar de abertura ao transcendente e aos outros; lugar de di�logo, coes�o e escuta, onde o jovem se sinta valorizado nas suas capacidades e riquezas interiores e aprenda a apreciar os irm�os. Possa ensinar a saborear a alegria que deriva de viver dia ap�s dia a caridade e a compaix�o para com o pr�ximo e de participar ativamente na constru��o duma sociedade mais humana e fraterna. Dirijo-me, depois, aos respons�veis pol�ticos, pedindo-lhes que ajudem concretamente as fam�lias e as institui��es educativas a exercerem o seu direito--dever de educar. N�o deve jamais faltar um adequado apoio � maternidade e � paternidade. Atuem de modo que a ningu�m seja negado o acesso � instru��o e que as fam�lias possam escolher livremente as estruturas educativas consideradas mais id�neas para o bem dos seus filhos. Esforcem-se por favorecer a reunifica��o das fam�lias que est�o separadas devido � necessidade de encontrar meios de subsist�ncia. Proporcionem aos jovens uma imagem transparente da pol�tica, como verdadeiro servi�o para o bem de todos. N�o posso deixar de fazer apelo ainda ao mundo dos media para que prestem a sua contribui��o educativa. Na sociedade atual, os meios de comunica��o de massa t�m uma fun��o particular: n�o s� informam, mas tamb�m formam o esp�rito dos seus destinat�rios e, consequentemente, podem concorrer notavelmente para a educa��o dos jovens. � importante ter presente a liga��o estreit�ssima que existe entre educa��o e comunica��o: de fato, a educa��o realiza-se por meio da comunica��o, que influi positiva ou negativamente na forma��o da pessoa. Tamb�m os jovens devem ter a coragem de come�ar, eles mesmos, a viver aquilo que pedem a quantos os rodeiam. Que tenham a for�a de fazer um uso bom e consciente da liberdade, pois cabe-lhes em tudo isto uma grande responsabilidade: s�o respons�veis pela sua pr�pria educa��o e forma��o para a justi�a e a paz.
Educar para a verdade e a liberdade 3. Santo Agostinho perguntava-se: � Quid enim fortius desiderat anima quam veritatem � que deseja o homem mais intensamente do que a verdade? �. O rosto humano duma sociedade depende muito da contribui��o da educa��o para manter viva esta quest�o inevit�vel. De fato, a educa��o diz respeito � forma��o integral da pessoa, incluindo a dimens�o moral e espiritual do seu ser, tendo em vista o seu fim �ltimo e o bem da sociedade a que pertence. Por isso, a fim de educar para a verdade, � preciso antes de mais nada saber que � a pessoa humana, conhecer a sua natureza. Olhando a realidade que o rodeava, o salmista p�s-se a pensar: � Quando contemplo os c�us, obra das vossas m�os, a lua e as estrelas que V�s criastes: que � o homem para Vos lembrardes dele, o fi lho do homem para com ele Vos preocupardes? � (Sal 8, 4-5). Esta � a pergunta fundamental que nos devemos colocar: Que � o homem? O homem � um ser que traz no cora��o uma sede de infinito, uma sede de verdade � n�o uma verdade parcial, mas capaz de explicar o sentido da vida �, porque foi criado � imagem e semelhan�a de Deus. Assim, o fato de reconhecer com gratid�o a vida como dom inestim�vel leva a descobrir a dignidade profunda e a inviolabilidade pr�pria de cada pessoa. Por isso, a primeira educa��o consiste em aprender a reconhecer no homem a imagem do Criador e, consequentemente, a ter um profundo respeito por cada ser humano e ajudar os outros a realizarem uma vida conforme a esta sublime dignidade. � preciso n�o esquecer jamais que � o aut�ntico desenvolvimento do homem diz respeito unitariamente � totalidade da pessoa em todas as suas dimens�es �, incluindo a transcendente, e que n�o se pode sacrificar a pessoa para alcan�ar um bem particular, seja ele econ�mico ou social, individual ou coletivo. S� na rela��o com Deus � que o homem compreende o significado da sua liberdade, sendo tarefa da educa��o formar para a liberdade aut�ntica. Esta n�o � a aus�ncia de v�nculos, nem o imp�rio do livre arb�trio; n�o � o absolutismo do eu. Quando o homem se cr� um ser absoluto, que n�o depende de nada nem de ningu�m e pode fazer tudo o que lhe apetece, acaba por contradizer a verdade do seu ser e perder a sua liberdade. De fato, o homem � precisamente o contr�rio: um ser relacional, que vive em rela��o com os outros e sobretudo com Deus. A liberdade aut�ntica n�o pode jamais ser alcan�ada, afastando-se d�Ele. A liberdade � um valor precioso, mas delicado: pode ser mal entendida e usada mal. � Hoje um obst�culo particularmente insidioso � a��o educativa � constitu�do pela presen�a maci�a, na nossa sociedade e cultura, daquele relativismo que, nada reconhecendo como definitivo, deixa como �ltima medida somente o pr�prio eu com os seus desejos e, sob a apar�ncia da liberdade, torna-se para cada pessoa uma pris�o, porque separa uns dos outros, reduzindo cada um a permanecer fechado dentro do pr�prio �eu�. Dentro de um horizonte relativista como este, n�o � poss�vel, portanto, uma verdadeira educa��o: sem a luz da verdade, mais cedo ou mais tarde cada pessoa est�, de fato, condenada a duvidar da bondade da sua pr�pria vida e das rela��es que a constituem, da validez do seu compromisso para construir com os outros algo em comum �. Por conseguinte o homem, para exercer a sua liberdade, deve superar o horizonte relativista e conhecer a verdade sobre si pr�prio e a verdade acerca do que � bem e do que � mal. No �ntimo da consci�ncia, o homem descobre uma lei que n�o se imp�s a si mesmo, mas � qual deve obedecer e cuja voz o chama a amar e fazer o bem e a fugir do mal, a assumir a responsabilidade do bem cumprido e do mal praticado. Por isso o exerc�cio da liberdade est� intimamente ligado com a lei moral natural, que tem car�ter universal, exprime a dignidade de cada pessoa, coloca a base dos seus direitos e deveres fundamentais e, consequentemente, da conviv�ncia justa e pac�fica entre as pessoas.
Assim o reto uso da liberdade � um ponto central na promo��o da justi�a e da paz, que exigem a cada um o respeito por si pr�prio e pelo outro, mesmo possuindo um modo de ser e viver distante do meu. Desta atitude derivam os elementos sem os quais paz e justi�a permanecem palavras desprovidas de conte�do: a confian�a rec�proca, a capacidade de encetar um di�logo construtivo, a possibilidade do perd�o, que muitas vezes se quereria obter mas sente-se dificuldade em conceder, a caridade m�tua, a compaix�o para com os mais fr�geis, e tamb�m a prontid�o ao sacrif�cio.
Educar para a justi�a 4. No nosso mundo, onde o valor da pessoa, da sua dignidade e dos seus direitos, n�o obstante as proclama��es de intentos, est� seriamente amea�ado pela tend�ncia generalizada de recorrer exclusivamente aos crit�rios da utilidade, do lucro e do ter, � importante n�o separar das suas ra�zes transcendentes o conceito de justi�a. De fato, a justi�a n�o � uma simples conven��o humana, pois o que � justo determina-se originariamente n�o pela lei positiva, mas pela identidade profunda do ser humano. � a vis�o integral do homem que impede de cair numa concep��o contratualista da justi�a e permite abrir tamb�m para ela o horizonte da solidariedade e do amor.
N�o podemos ignorar que certas correntes da cultura moderna, apoiadas em princ�pios econ�micos racionalistas e individualistas, alienaram das suas ra�zes transcendentes o conceito de justi�a, separando-o da caridade e da solidariedade. Ora � a �cidade do homem� n�o se move apenas por rela��es feitas de direitos e de deveres, mas antes e sobretudo por rela��es de gratuidade, miseric�rdia e comunh�o. A caridade manifesta sempre, mesmo nas rela��es humanas, o amor de Deus; d� valor teologal e salv�fico a todo o empenho de justi�a no mundo �. � Felizes os que t�m fome e sede de justi�a, porque ser�o saciados � (Mt 5, 6). Ser�o saciados, porque t�m fome e sede de rela��es justas com Deus, consigo mesmo, com os seus irm�os e irm�s, com a cria��o inteira.
Educar para a paz 5. � A paz n�o � s� aus�ncia de guerra, nem se limita a assegurar o equil�brio das for�as adversas. A paz n�o � poss�vel na terra sem a salvaguarda dos bens das pessoas, a livre comunica��o entre os seres humanos, o respeito pela dignidade das pessoas e dos povos e a pr�tica ass�dua da fraternidade �. A paz � fruto da justi�a e efeito da caridade. �, antes de mais nada, dom de Deus. N�s, os crist�os, acreditamos que a nossa verdadeira paz � Cristo: n�Ele, na sua Cruz, Deus reconciliou consigo o mundo e destruiu as barreiras que nos separavam uns dos outros (cf. Ef 2, 14-18); n�Ele, h� uma �nica fam�lia reconciliada no amor. A paz, por�m, n�o � apenas dom a ser recebido, mas obra a ser constru�da. Para sermos verdadeiramente art�fices de paz, devemos educar-nos para a compaix�o, a solidariedade, a colabora��o, a fraternidade, ser ativos dentro da comunidade e sol�citos em despertar as consci�ncias para as quest�es nacionais e internacionais e para a import�ncia de procurar adequadas modalidades de redistribui��o da riqueza, de promo��o do crescimento, de coopera��o para o desenvolvimento e de resolu��o dos conflitos.
� Felizes os pacificadores, porque ser�o chamados filhos de Deus � � diz Jesus no serm�o da montanha (Mt 5, 9). A paz para todos nasce da justi�a de cada um, e ningu�m pode subtrair-se a este compromisso essencial de promover a justi�a segundo as respectivas compet�ncias e responsabilidades. De forma particular convido os jovens, que conservam viva a tens�o pelos ideais, a procurarem com paci�ncia e tenacidade a justi�a e a paz e a cultivarem o gosto pelo que � justo e verdadeiro, mesmo quando isso lhes possa exigir sacrif�cios e obrigue a caminhar contracorrente.
Levantar os olhos para Deus 6. Perante o �rduo desafi o de percorrer os caminhos da justi�a e da paz, podemos ser tentados a interrogar-nos como o salmista: � Levanto os olhos para os montes, de onde me vir� o aux�lio? � (Sal 121, 1). A todos, particularmente aos jovens, quero bradar: � N�o s�o as ideologias que salvam o mundo, mas unicamente o voltar-se para o Deus vivo, que � o nosso criador, o garante da nossa liberdade, o garante do que � deveras bom e verdadeiro (�), o voltar-se sem reservas para Deus, que � a medida do que � justo e, ao mesmo tempo, � o amor eterno. E que mais nos poderia salvar sen�o o amor? �. O amor rejubila com a verdade, � a for�a que torna capaz de comprometer-se pela verdade, pela justi�a, pela paz, porque tudo desculpa, tudo cr�, tudo espera, tudo suporta (cf. 1 Cor 13, 1-13). Queridos jovens, v�s sois um dom precioso para a sociedade. Diante das dificuldades, n�o vos deixeis invadir pelo des�nimo nem vos abandoneis a falsas solu��es, que frequentemente se apresentam como o caminho mais f�cil para superar os problemas. N�o tenhais medo de vos empenhar, de enfrentar a fadiga e o sacrif�cio, de optar por caminhos que requerem fidelidade e const�ncia, humildade e dedica��o. Vivei com confian�a a vossa juventude e os anseios profundos que sentis de felicidade, verdade, beleza e amor verdadeiro. Vivei intensamente esta fase da vida, t�o rica e cheia de entusiasmo. Sabei que v�s mesmos servis de exemplo e est�mulo para os adultos, e tanto mais o sereis quanto mais vos esfor�ardes por superar as injusti�as e a corrup��o, quanto mais desejardes um futuro melhor e vos comprometerdes a constru�-lo. Cientes das vossas potencialidades, nunca vos fecheis em v�s pr�prios, mas trabalhai por um futuro mais luminoso para todos. Nunca vos sintais sozinhos! A Igreja confia em v�s, acompanha-vos, encoraja-vos e deseja oferecer-vos o que tem de mais precioso: a possibilidade de levantar os olhos para Deus, de encontrar Jesus Cristo � Ele que � a justi�a e a paz. Oh v�s todos, homens e mulheres, que tendes a peito a causa da paz! Esta n�o � um bem j� alcan�ado mas uma meta, � qual todos e cada um deve aspirar. Olhemos, pois, o futuro com maior esperan�a, encorajemo-nos mutuamente ao longo do nosso caminho, trabalhemos para dar ao nosso mundo um rosto mais humano e fraterno e sintamo-nos unidos na responsabilidade que temos para com as jovens gera��es, presentes e futuras, nomeadamente quanto � sua educa��o para se tornarem pac�ficas e pacificadoras! Apoiado em tal certeza, envio-vos estas reflex�es que se fazem apelo: Unamos as nossas for�as espirituais, morais e materiais, a fim de � educar os jovens para a justi�a e a paz �.
Vaticano, 8 de dezembro de 2011.