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A história política do Brasil tem agora um novo marco, ou seja, o reconhecimento da constitucionalidade da Lei da Ficha Limpa. Melhor ainda, a referida lei já entra em vigor. Isso não significa que a corrupção está derrotada definitivamente. Não é assim. Temos ainda um longo caminho a percorrer. A ficha limpa é uma ajuda, mas limitada. 
A origem da Lei da Ficha Limpa é a vontade popular. É uma lei de 'iniciativa popular' por meio de coleta de assinaturas. Portanto, a verdade e o povo são os grandes vencedores. Venceu a vontade do povo. Cabe-nos agora obter e oferecer informações sobre o passado dos candidatos, colher fatos e testemunhos e fazer a lei ser aplicada. Agora é hora de informar o povo para que conheça e usufrua dos direitos que lhe são dados pela nova lei. Enfim, o Judiciário, a cidadania e a democracia saíram ganhando. 
Esperamos que a vitória da ficha limpa venha trazer mais interesse, participação e otimismo para os que estavam já desiludidos com a política. Vamos fazer valer a ética na política e superar a desvalorização do voto e a omissão que se expressa nos votos nulos, votos em branco e o não comparecimento às urnas. 
Em nossa cidade quem mais se omite é a região do Centro, deixando o espaço para determinados bairros serem a força decisiva nas eleições. Não joguemos fora as mais de 1,3 milhão de assinaturas em favor da ficha limpa e a larga vitória que recebeu no Judiciário. 
De agora em diante a impunidade não tem mais a última palavra. Chegou a hora da ética, do bem comum, dos direitos do povo, da cidadania. Estamos caminhando rumo à maturidade democrática. É preciso cortar o mal pela raiz. Com a ficha limpa não precisaremos mais de 'faxinas'. Que os partidos e os eleitores exerçam eles mesmos o controle sobre seus candidatos. Um povo cansado pelos maus tratos da política suja, agora pode reavivar sua esperança. Vamos, pois abandonar a complacência com a corrupção e a impunidade. 
Quem quer se candidatar deve ter condições de elegibilidade. Só deve ser eleito quem tem moralidade e probidade. A mídia fez questão de esquecer o grande trabalho da CNBB em favor da ficha limpa. Não chegaríamos a tantas assinaturas sem a capilaridade popular da Igreja, que apesar de tudo, goza da credibilidade do povo. É bom ter memória histórica. O Paraná e Londrina estavam sempre à frente com as assinaturas, houve momentos até que estavam na liderança. Somos a favor de uma nova era na política para o bem de todos, especialmente dos pobres e dos excluídos. 
O próprio Supremo Tribunal Federal ganhou mais credibilidade com a Lei da Ficha Limpa, pois, todos temos telhado de vidro e o mal da corrupção está inflacionado no mundo inteiro, inclusive, na crise econômica mundial. Estamos entrando na Quaresma tempo de purificação e faxina do coração. A saúde pública sai ganhando muito com a ficha limpa. A vida publica e a política se tornarão mais saudáveis. Sem ética na política não há saúde pública adequada. Que a saúde se difunda sobre toda a terra. 
O esforço em favor da ficha limpa, mais a Campanha da Fraternidade, e o combate á fome, os Mandamentos do Motorista, o cuidado com o meio ambiente, as denúncias do trabalho escravo feitos por nossas pastorais, as propostas de reforma agrária, o respeito pelos direitos humanos, são contribuições que a Igreja oferece à sociedade brasileira. O mundo pode ser diferente, o Brasil pode ser melhor. A fé sem obras é morta, diz a carta a Tiago.
Dom Orlando Brandes
Arcebispo de Londrina

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