Paula Elizabete viveu num contexto social marcado pela pobreza. Neste contexto os camponeses sofriam grande discrimina��o, encontrando-se sem condi��es de vida, sem esperan�a de futuro.
A partir de uma experi�ncia de f�, marcada pela crise devido � morte do �nico filho Carlos, a Cerioli volta-se para esta classe, preocupando-se, sobretudo, das crian�as camponesas, atrav�s de uma interven��o educativa que favorecesse a inser��o no meio social.
A pedagogia da Cerioli parte do princ�pio de que formar � colocar em ato uma exultante, mas dif�cil arte mai�utica, acontecimento gerativo. �Trata-se, nada mais nada menos, de possibilitar uma segunda cria��o, melhor que a primeira�.
Formar � orientar com firmeza e docilidade ao mesmo tempo, � liberdade que favorece o crescimento do homem interior. Formar � conduzir pela m�o, orientar a uma meta, habilitar para a autoliberta��o.
A a��o educativa nos moldes do pensamento cerioliano tem como objeto todo homem que se encontra �sem futuro�, motivando-lhe a mente, o cora��o, � vontade; abrindo-o para a responsabilidade, � solidariedade, ao respeito, afirmando a dignidade de toda criatura; guiando-o ao altru�smo, num mundo onde parece dominar o individualismo e o interesse privado.
A constru��o do conhecimento acontece por meio do socorro educativo endere�ado a todos, mas de maneira especial aos mais �fr�geis� e �problem�ticos�, para dar a cada um as mesmas oportunidades de vida na sociedade, n�o obstante as diferen�as.
Apesar de a Cerioli n�o ter tido, e nem podia ter, uma cultura pedag�gica moderna e muito menos expor em nenhum livro conceitos e m�todos educativos de modo cient�fico, n�o �, todavia, sem fundamento que ela se comportou e foi considerada uma aut�ntica educadora, inovada com respeito a seu tempo. As suas linhas pedag�gicas e todas as suas interven��es educativas devem ser compreendidas no �mbito da experi�ncia de f� e mais especificamente da sua escolha de se tornar m�e das crian�as pobres, depois de fazer-se evangelicamente pobre.
A Cerioli recomendava e praticava formas e modalidades de educa��o personalizada. Na rela��o educativa adotou o modelo familiar e comunit�rio, indicando um estilo aprontado pela docilidade, afabilidade, pela compreens�o e pelo di�logo.
Padre Roberto Maver - CSF
Superior Regional