O que dizem os Evangelhos
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O que dizem os Evangelhos

Lendo os evangelhos, percebemos que toda a vida de Jesus, passo a passo, foi uma vida só de serviço em favor das pessoas ou, como diriam os gregos, uma grande "liturgia". Ele mesmo disse: "O Filho do homem não veio para ser servido mas para servir e dar a vida pela redenção de muitos" (cf. Mc 10,45); ou: "Estou no em vosso meio como quem serve" (Lc 22,27); ou: "Dei-vos o exemplo... o servo não é maior do que o senhor" (Jo 13,15-17).

Pela sua total solidariedade com o ser humano, na sua encarnação, vida, morte e ressurreição, ele mergulha de cabeça no abismo da realidade humana, no mar da nossa existência cheia de anjos e demônios, até na morte (cf. Fl 2,5-11: optou por ser pobre e, assim, solidário com os pobres!). Ele mesmo, na total obediência ao Pai, cura os doentes, consola as pessoas, acolhe os pecadores, abençoa as crianças, denuncia as tiranias opressoras, anuncia um novo ano da graça de viver na alegria da liberdade....

Fiel à vontade do Pai, deu tudo de si pela causa maior que é a causa da justiça, da liberdade, da vida. Foi fiel ao compromisso com esta causa até o fim. E sua ressurreição é a marca definitiva de que este é o culto que mais agradou a Deus, a melhor "liturgia", digamos. Pelo mistério pascal, repetindo o que há pouco dissemos, selou-se a aliança definitiva e eterna entre o divino e o humano. Nele, Deus nos prestou um serviço salvador, o maior, em favor de toda a humanidade.

E mais, no fim das contas, Deus ainda nos deu o dom do Espírito (outra grande "liturgia": obra em favor da humanidade!), pelo qual nos tornamos corpo de Cristo, filhos de Deus, família de Deus, povo de Deus, Igreja, raça escolhida e nação santa, povo sacerdotal, habitação do Altíssimo Senhor, colaboradores diretos do Criador no cuidado do paraíso chamado planeta terra. Formando um só corpo em Cristo (cf. 1Cor 12,12-31) pelo batismo, foi-nos garantida a verdadeira dignidade humana e nos foi dada uma nova "cidadania" sobre este planeta terra, a "cidadania" do eterno. Como, aliás, cantamos na Noite de Natal: "No momento em que vosso Filho assume nossa fraqueza, a natureza humana recebe uma incomparável dignidade: ao tornar-se ele um de nós, nos tornamos eternos".

Tocamos, pois a Fonte, a saber, a Trindade santa na sua arte consumada de prestação de serviço a toda a humanidade. Não só a tocamos, mas nos percebemos tocados por ela, sobretudo na ação ritual deixada por Jesus como memorial de sua (e nossa) páscoa.

Por isso que, com razão, nossos irmãos orientais chamam esta ação de "divina liturgia", e nós a chamamos de "liturgia da missa', "liturgia eucarística". Pois nela, se faz presente Aquele que, unido ao Pai e ao Espírito Santo, num gesto ímpar de amor-serviço, operou (e opera) pelo mistério pascal a salvação de toda a humanidade.

Notemos que o Catecismo da Igreja Católica identifica, com razão, a liturgia como "obra da Trindade", continuada hoje na Igreja como celebração e vida (cf. n. 1077 -1112).

Frei José Ariovaldo da Silva, OFM

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