A Palavra do Pastor
Palavra do Pastor - Festa da Padroeira do Brasil

Palavra do Pastor - Dia da Bíblia

Hoje, mais do que nunca, distribuir a Palavra da Verdade é uma tarefa que se impõe, porquanto a humanidade está sequiosa de Deus. A profecia de Amós: “Eis que vêm dias em que enviarei fome sobre a terra, não uma fome de pão, nem sede de água, mas fome e sede de ouvir a Palavra do Senhor (Am 8,11), parece se fazer mais atual do que nunca.
Consciente desta necessidade, a Igreja incentiva e urge o estudo da Sagrada Escritura. Num documento do Concílio Vaticano II, cujo jubileu de ouro estamos celebrando, encontramos este conselho: “Exorta o Santo Sínodo a todos os fiéis cristãos, com veemência e de modo peculiar a que, pela freqüente leitura das divinas Escrituras, aprendam “a eminente ciência de Jesus Cristo” (Fp 3,8). “Porquanto ignorar as Escrituras é ignorar Cristo”. Acheguem-se, pois, de boa mente ao próprio texto sagrado, quer pela Sagrada Liturgia repleta da Palavra de Deus, quer pela piedosa leitura, quer por cursos apropriados e outros meios que, hoje em dia louvavelmente se difundem por toda a parte. Lembrem-se, porém, que a leitura da Sagrada Escritura deve ser acompanhada pela oração a fim de que se estabeleça o colóquio entre Deus e o homem; pois, “a Ele falamos quando rezamos; a Ele ouvimos quando lemos os divinos oráculos” (DV 25).
“A fé vem pela pregação e a pregação pela palavra de Cristo”, nos lembra São Paulo na carta aos Romanos (Rm 10,17). Por isso todo cristão, batizado e crismado, deve ser um mensageiro da Palavra de Deus. Depois de ter tido a graça de escutar a Palavra, deve anunciá-la na Igreja e no mundo, pelo menos com o testemunho de sua vida. Foi assim que S. Paulo aconselhou seu amigo e discípulo Timóteo: “Empenha-te em te apresentares diante de Deus como um homem provado, como um operário que não tem de que se envergonhar, um integro distribuidor da Palavra da verdade” (2Tm 2,15). Dom Manoel João Francisco Bispo diocesano
A Palavra do Pastor - Brasil: Nossa Pátria Terrestre

Palavra do Pastor - Festa da Exaltação da Santa Cruz
A Palavra do Pastor - 28ª Romaria da Terra do Paraná

Neste mês de agosto, nossa Diocese sediará um grande evento. Trata-se da 28ª Romaria da Terra do Paraná. Vai acontecer no dia 17, na Paróquia Nossa Senhora Aparecida de Congonhinhas. Vamos receber irmãos e irmãs das outras dezessete Dioceses do Paraná e também de outros Estados do Brasil. Como Diocese anfitriã, precisamos acolhê-los com muita fé, entusiasmo e calor humano. A 16ª Romaria da Terra do Paraná também aconteceu em nossa Diocese. Foi uma Romaria muito bonita. Desta vez, não pode ser diferente. Vamos, em grande número, louvar e bendizer ao Senhor por todo bem que ele nos tem proporcionado. Vamos pedir perdão de nossos pecados. Vamos acolher a misericórdia de Deus e abrir nossos corações para abraçar nossos irmãos e irmãs, com todo o amor que eles e elas merecem. Terra e Romaria são termos bíblica e teologicamente relacionados. Para o povo judeu, a terra e tudo o que nela existe pertence a Deus (cf. Lv 25,23; Sl 24,1). Foi ele quem a fez (Sl 121,2). Os justos e humildes a herdarão (Sl 37,11; Mt 5,5).Por isso, o povo hebreu era muito agradecido ao Senhor por morar em uma terra de fartura. Todos os anos, o judeu piedoso, por ocasião da colheita, dirigia-se em romaria a um santuário. Uma vez no santuário, recordava que seu pai tinha sido um arameu errante, mas que o Senhor, seu Deus lhe tinha dado uma terra onde corria leite e mel. Por isso, ali estava para agradecer e oferecer os frutos da terra que o Senhor lhe havia dado. Reconheço hoje diante do Senhor meu Deus que entrei na terra que o Senhor jurou a nossos pais que nos daria.[...]. E depois de depositar os frutos diante do Senhor, teu Deus, te prostrarás diante dele. Então te alegrarás com o levita e o estrangeiro que mora em teu meio por todos os bens que o Senhor teu Deus te deu a ti e à tua família ( Dt 26, 3.10-11). Aqui no Brasil, desde os primórdios da colonização os santuários foram locais de romaria. Até hoje, as pessoas em grande número acorrem a eles para alimentar sua fé. Ali, elas sentem de forma muito viva a presença de Deus que protege a vida dos pobres. Os agentes da Comissão de Pastoral da Terra (CPT), percebendo que a maioria dos que procuravam os santuários tinham origem rural, assumiram as romarias como linha de ação e valorização da luta do povo. Segundo o testemunho de Luciano Bernardes, da coordenação da CPT da Bahia, em 1976, lavradores de diversos municípios organizaram uma romaria para pedir ao Bom Jesus “coragem para enfrentar a ameaça de suas casas serem queimadas e força para fundar o primeiro Sindicato dos Trabalhadores Rurais da Bahia”. No Paraná as Romarias da Terra iniciaram em 1985. Em todas as edições houve grande afluência de romeiros. Numa delas participaram cerca de 40 mil. Motivados pelo lema: “Às sombras dos eucaliptos choramos as saudades dos tempos de fartura” (Sl 136), vamos manter esta bela tradição.
Dom Manoel João Francisco Bispo da Diocese de Cornélio Procópio